DINO
RISI (1916-2008)
Em
1953, em pleno apogeu do “Neo-Realismo” em Itália, um grupo de realizadores e
argumentistas lançou uma obra colectiva que ficou conhecida como manifesto
desse movimento estético, cultural, cinematográfico e social e político também.
Chamava-se “Retalhos da Vida” (no original
“L’ Amore in città”, e agrupava alguns cineastas, cada um deles assinando um
episódio, Michelangelo Antonioni (segmento "Tentato suicido"),
Federico Fellini (segmento "Un Agenzia matrimoniale'"), Alberto
Lattuada (segmento "Gli Italiani si voltano"), Carlo Lizzani
(segmento "L’ Amore che si paga'"), Francesco Maselli (segmento
"Storia di Caterina"), Dino Risi (segmento "Paradiso per 4
ore") e Cesare Zavattini (segmento "Storia di Caterina"). Cesare
Zavattini, sobretudo argumentista, fora o mentor do projecto. Michelangelo
Antonioni e Federico Fellini subiram ao céu dos génios; Carlo Lizzani ia
perder-se numa ortodoxia asfixiante, Francesco Maselli seria um dos arautos de
um neo-neo realismo nos anos 60 e 70, Cesare Zavattini ficaria para sempre como
um dos intelectuais marxistas que moldara grande parte do movimento, em Itália,
no cinema, mas também em todas as formas artísticas e em todo o mundo. Ficam
Alberto Lattuada e Dino Risi, que se afastaram um pouco da ortodoxia do
neo-realismo, optando por uma crítica de costumes de raiz satírica da realidade
italiana do pós guerra que nos deu exemplos magníficos de obras inesquecíveis.
Não foram considerados tão geniais como outros companheiros de percurso, mas
andaram perto, e não subiram mais porque os preconceitos da época os
classificaram com a depreciativa designação de “neo-realistas rosas”, o que é
objectivamente uma mentira e uma afronta.
No
caso de Dino Risi ele foi um cineasta magnífico, um retratista implacável, um
aguarelista inspirado na descrição de um tempo, de uma sociedade, de um clima
social.
Dino
Risi nasceu a 23 de Dezembro de 1916, em Milão, Lombardia, Itália, e faleceu a
7 Junho de 2008, em Roma, Lazio, igualmente em Itália. Ele próprio escreveu que
“nascera do ano da Revolução Russa e no ano do primeiro “Giro d’Italia.” Agora
que desapareceu, aos 91 anos, foi considerado unanimemente como “o pai da
comédia de costumes italiana”. Mas, durante muitos anos, foi geralmente
subestimado, considerado “menor”, o que parece paradoxal para um cineasta que
conta, na sua vasta filmografia, algumas obras-primas do cinema italiano,
simultaneamente de uma qualidade cinematográfica e interesse sociológico
impares e grandes sucessos de público. “A Ultrapassagem”, “Uma Vida Difícil”,
“Os Monstros” ou “Perfume de Mulher” bastavam para o colocar no panteão da
cinematografia transalpina.
Um
ano antes da sua morte, ele, que tinha o sentido de humor apurado, comentou o
desaparecimento, quase simultâneo, de Michelangelo Antonioni e Ingmar Bergman,
profetizando que "poderia partir de uma hora para a outra, mas que agora
gostaria de esperar um pouco mais. Se morro agora, os jornais vão colocar a
notícia na secção de desporto.”
Dino
Risi escreveu uma curta e saborosa autobiografia, onde comenta alguns dos
passos mais relevantes da sua vida. O pai, Arnaldo Risi, era médico, e
melómano, razão certamente pela qual era médico do Scala de Milão. Há uma
curiosa fotografia do pai, durante a I Guerra Mundial, capitão médico, que
comandava uma companhia de que fazia parte um cabo de nome Bento Mussolini.
Conta como aos dez anos foi entregue aos cuidados de um músico famoso, Premoli,
de 80 anos, que tentou ensinar-lhe violino. Em vão. No primeiro concerto,
desafinou, espatifou o violino com a revolta e nunca mais quis ouvir falar
nessa tortura. Conta também que, por essa altura, fazia férias em casa de
família amiga, onde se apaixonou por uma tal Milena, loura, de igual idade, dez
aninhos, com quem foi apanhado aos beijinhos, uma noite, na cama dela. Resultado,
acabaram-se as férias e o amor de Milena. Mas outros amores foram aparecendo
até se casar, em 1943, com Cláudia Mosca. O casal teve dois filhos, ambos hoje
“registas” (realizadores, Claudio Risi e Marco Risi).
Mas
antes, muita água iria correr. O pai faleceu quando era muito jovem, a mãe teve
de encarregar-se da educação dos filhos e do sustento diário da família, foram
anos de dificuldade. Frequentou o liceu Berchet, entre 1931 e 39. O liceu tinha
fama de ser dos melhores de Milão e de Itália, por lá passava a fina-flor dos
filhos dos intelectuais milaneses. Começou a escrever num jornal satírico,
“Bertoldo”. Em 1941, o cinema, como por acaso. Um dia, em 1941, falando com o
amigo Alberto Lattuada, que preparava o novo filme de Mario Soldati, “Piccolo
mondo antico”, foi-lhe proposto um lugar na equipa técnica, que aceitou mais
por desporto do que por gosto. A seguir esteve como assistente de realização do
próprio Alberto Lattuada, em "Giacomo l'idealista" (1942). Mas
estudava medicina e, depois de uma permanência em Itália, no regresso
diploma-se em psiquiatria e começa a trabalhar como interno no hospital de
Pádua, e depois do hospício de Voghera. Tudo indicava que nascia mais um
médico, mas afinal o bichinho do cinema fez estragos. Com a guerra, resolve partir
para a Suiça, onde conhece a futura mulher, tira um curso de encenação com
Jaques Feyder, e faz amizades com o encenador e dramaturgo Giorgio Strehler.
De
regresso a Itália, finda a guerra, volta a Milão em 1945. Começa a escrever
contos e textos para jornais e revistas, e críticas de cinema para “Milano
Sera”, nessa altura dirigido por Elio Vittorino e Alfonso Gatto. Gigi Martello,
um produtor, convida então Dino Risi a realizar uma série de cerca de vinte
curtas e médias-metragens documentais, o que o ocupa entre os anos de 46 e 50.
Um desses trabalhos, talvez o mais citado, é "Buio in sala", que é
vendido a Carlo Ponti, que o chama para Roma, onde se instala, e começa a
escrever, com outros, um argumento para uma diva da altura, Silvana Mangano. O
filme será “Anna”, que Lattuada dirige, e que se afirma como um dos maiores
êxitos de sempre do cinema italiano. Dino Risi via abrir-se a porta da grande
indústria. Em 1951, filma "Vacanze col gangster", tenta rodar, em
1953, um filme na produtora brasileira, de São Paulo, “Vera Cruz”, sem sucesso.
Depois, com Sophia Loren e Vittorio de Sica, dirige o seu primeiro filme de
fôlego, "O Signo de Vénus", e o título de encerramento de uma
trilogia iniciada por Luigi Comencini e que fez furor na época, "Pão, amor
e..." (ambos em 1955). "Pobres mas Belas" (Poveri ma belli),
interpretado por Marisa Allasio, em 1956, é um relativo triunfo. O neo-realismo
tinha esgotado as suas fórmulas e Dino Risi, com alguns outros realizadores e
argumentistas, retomam a fórmula, mas sob o prisma de comédia de costumes. A
história roda à volta de um grupo de jovens romanos, oriundos da pequena
burguesia, que falam mais de amor e problemas do dia a dia do que de política e
questões sociais. O público acorre. A crítica fala, de forma depreciativa, de
um “neo-realismo rosa”. Hoje em dia são documentos impressionantes de
caracterização sociológica de uma época precisa e de uma situação italiana
determinada. Falava-se em “milagre económico” e na reconstrução do país no pós
guerra.
Entre
1960 e 1961 realiza “Il Mattatore”, com Vittorio Gasman, que prenuncia uma
vasta e prodigiosa colaboração entre actor e cineasta, e depois "Un Amore
a Roma" e "A Porte Chiuse", duas obras dramáticas sem grande
sucesso, a que se seguem duas das suas obras maiores, “Una Vita Difficile” e
"Il Sorpasso". Este último, “A Ultrapassagem” será possivelmente, a
sua grande obra. Conta-se que na noite da estreia, ele e o produtor Mario
Cecchi Gori esperaram no exterior do cinema as reacções do público. Desgostoso
pelo facto de haver muito poucos espectadores, Dino Risi regressou mais cedo a
casa. Três horas depois diziam-lhe, pelo telefone, que fora um sucesso, e no
dia seguinte a sala estava esgotada. Dino Risi tornara-se numa nova lenda viva
do cinema italiano. Fiz mais de cinquenta filmes, e estive sempre seguro de que
um deles poderia vir a ser uma obra-prima.”
"I
Mostri" (1963), "L'Ombrellone" (1966), "Operazione San
Gennaro" (1967) e “Vedo nudo” (1969) são os títulos seguintes de uma vasta
filmografia que engloba cinco dezenas e meia de longas-metragens, para lá de um
importante conjunto de curtas e de telefilmes. Em 1970 roda "La Moglie del
Prete" com o casal sensação desses anos, Sophia Loren e Marcello
Mastroianni. Nesse mesmo ano assina “In Nome del Popolo Italiano”, outra das
suas obras mais conhecidas.
"”Profumo
di Donna”, de 1974, reúne Gassman e Agostina Belli, e com ele recebe o César de
melhor filme estrangeiro lançado nesse ano em França. Mais tarde servirá de
base a uma nova versão, norte-americana, assinada por Martin Brest, com Al
Pacino no protagonista.
O
cineasta trabalhou com os principais actores italianos da segunda metade do
século XX, entre os quais Vittorio Gassman (uma colaboração em mais de quinze
filmes, uma das mais inspiradas da história do cinema), Alberto Sordi, Ugo
Tognazzi, Nino Manfredi, Totó, Sophia Loren, Marcello Mastroianni, Sylvia
Koscina, Agostina Belli, Walter Chiari, Tina Pica, Amedeo Nazzari, Silvana
Pampanini, Mónica Vitti, Giancarlo Giannini, Laura Antonelli, Ornella
Mutti, entre muitos outros.
Nas
últimas duas décadas, o cineasta envereda por um tipo de realização que se
afasta do campo da comédia e penetra nos terrenos do drama e do mistério. 1975 é ainda o tempo de outra comédia
primorosa, "Telefoni bianchi", a que se seguem “Anima Persa” (1977),
La Stanza del Vescovo (1978), I Nouvi Mostri, (978), “Primo Amore” (1978),
“Caro Papà” (1979), “Sono Fotogénico” (1980), “Fantasma d'Amore” (1981) ou
“Sesso e Volentieri” (1982).
Depois,
afasta-se um pouco do cinema, e continua na televisão, com telefilmes e
mini-séries, de que os portugueses quase desconhecem tudo: “...e la vita
continua” (TV, 1984), “Dagobert” (1984), “Scemo di guerra” (1985), “Teresa”
(1987), “Carla. Quattre storie di donne” (TV) (1987), “Il commissario Lo Gatto”
(1987), “La Ciociara” (TV) (1988), “Il vizio di vivere” (TV) (1989), “Tolgo il
disturbo” (1990), “Vita coi figli” (TV) (1990), “Missione d'amore” (mini-série
de TV) (1992), “Giovani e belli” (1996), “Esercizi di stile” (episódio
"Myriam", 1996) e “Le Ragazze di Miss Itália” (TV) (2002), sua
derradeira contribuição para o cinema, inteiramente rodado em Salsomaggiore,
tendo por base um concurso de Miss Itália, durante o qual Dino Risi ensaia uma
crítica sobre a vida quotidiana em Itália, vista através do medo, da angústia e
da esperança dos participantes neste concurso.
Dino
Risi vivia numa suite de um dos melhores hotéis de Roma, desde que, há dezoito
anos, se divorciara da mulher Cláudia. Sobre o seu filho Marco Risi, igualmente
realizador, dissera um dia: “Nunca ajudei Marco a encontrar um emprego. Quando
era criança, veio muitas vezes assistir às filmagens, mas agora trabalha sem
nunca me pedir qualquer sugestão. Penso que é um excelente director.” Dino Risi
é irmão do fotógrafo Fernando Risi e do realizador Nelo Risi. Escreveu uma
autobiografia, editada em 2004, chamada "I Miei Mostri". Durante os
últimos quarenta anos manteve uma relação com a actriz Leontine Snell, vivendo
cada um em sua casa. Mas ainda teve envolvimentos amorosos, que se conheçam,
com as actrizes Anita Ekberg e Alida Valli.
Em
1993, o Festival de Cannes reconhece a obra deste cineasta brilhante, exibindo
um ciclo com quinze das suas obras mais reputadas. Em 2002 recebe um Leão de
Ouro pelo conjunto da sua carreira em Veneza (2002). Em 2004, no dia 2 de
Julho, durante o qual se celebra a implantação da República, o presidente Carlo
Azeglio Ciampi condecorou Dino Risi com a ordem “Cavaliere di Gran Croce”.
Quando
Dino Risi morreu, Sofia Loren foi a voz de quantos o conheciam bem: "É uma
grande perda para o cinema italiano". "Fazia uma comédia de costumes
italiana, mas que na realidade era universal", disse o crítico italiano
Valerio Caprara, lembrando que Risi "jamais se prendeu às exigências
estéticas da moda". Era "um Billy Wilder à italiana", afirmou o
jornal “La Repubblica”, com alguma razão. O presidente italiano, Giorgio
Napolitano, disse que "Dino Risi era um observador atento dos factos e
comportamentos, que imprimiu sua marca pessoal no cinema italiano".
"Com Dino Risi, o cinema italiano perde um de seus pais fundadores",
estimou o novo ministro da Cultura, Sandro Bondi. Para o ex-ministro da
Cultura, Francesco Rutelli, "Risi foi um dos maiores poetas do século
XX".
FILMOGRAFIA
COMO REALIZADOR:
1946: I Bersaglieri della Signora (documentário)
1946: Barboni (documentário)
1947: Verso la Vita (curta-metragem)
1947: Título original: Trigullio
Minore (documentário)
1947: Strade di Napoli (documentário)
1947: Pescatorella (documentário)
1947: Cuore Rivelatore (curta-metragem)
1948: Segantini il Pittore della Montagna (documentário)
1948: Il Grido della Città (documentário)
1948: Cortili
1948: La Città dei Traffici
1948: Caccia in Brughiera
(documentário)
1948: Buio in Sala (curta-metragem)
1948: 1848 (documentario)
1949: Seduta Spiritica (documentário)
1949: La Montagna di Luce (curta-metragem)
1950: L’ Isola Bianca (documentário)
1950: Fuga dalla Città (curta-metragem)
1951: Vacanze col Gangster ou Vacation
with a Gangster
1953: Il Viale della Speranza (Um Salto para a Vida)
1953: L’ Amore in Città (Retalhos da
Vida) (com Michelangelo
Antonioni, Federico Fellini, Alberto Lattuada, Carlo Lizzani, Francesco
Maselli, e Cesare Zavattini.
1955: Il Segno di Venere ou The Sign of
Venus (O Signo de Vénus)
1955: Pane, Amore e… (Pão, Amor e…)
1957: Poveri ma Belli ou Pauvres mais beaux ou Poor But Beautiful (Os Galãs do Bairro)
1957: La Nonna Sabella ou L’ Impossible
Isabelle ou Oh! Sabella (A Avó
Isabel)
1957: Belle ma Povere (Belas mas
Pobres)
1959: Il Vedovo (O Viúvo Alegre)
1959: Poveri Milionari (Pobres
Milionários)
1959: Venezia, la luna e tu ou Venice, the
Moon and You ou Venise, la lune
et toi (Vebeza, a Lua e Tu)
1960: Il Mattatore ou L’ Homme aux
cent visages ou Love and Larceny
(O Castigador)
1960: Un Amore a Roma ou L´Inassouvie ou Liebesnächte in Rom ou Love in Rome
1961: A porte chiuse (À Porta
Fechada)
1961: Una Vita difficile (Uma Vida Dificil)
1962: Il Sorpasso ou The Easy Life (A
Uktrapassagem)
1963: Il Successo (O Sucesso)
Mauro Morassi e Dino Risi (este não creditado)
1963: La Marcia su Roma
1963: Il Giovedi (Dia de Ferias)
1963: I Mostri (Os Monstros)
1965: Le Bambole ou Les Poupées
ou The Doll that Took the Town ou
The Dolls ou Four Kinds of Love (Quatro casos de Amor)
Mauro Bolognini
("Monsignor Cupido"), Luigi Comencini ("Il Trattato di
Eugenetica"), Dino Risi ("La Telefonata”), Franco Rossi ("La
Minestra")
1965: Il Gaucho ou Un Italiano en la Argentina ou
The Gaucho (O Gaucho)
1965: I Complessi ou Complexes ou Les Complexes (Os Complexos)
Luigi Filippo D'Amico
("Guglielmo il dentone"); Dino Risi ("Una giornata
decisiva") e Franco Rossi ("Il complesso della schiava nubiana")
1966: L’ Ombrellone ou El Parasol ou Play-boy party ou Weekend Wives ou Weekend, Italian Style (Chapéus de Sol)
1966: I Nostri mariti
Luigi Filippo D'Amico
("Il Marito di Roberta"), Dino Risi ("Il Marito di
Attilia"), Luigi Zampa ("Il Marito di Olga")
1966: Operazione San Gennaro ou Operation
San Gennaro ou The Treasure of
San Gennaro ou Treasure of San
Gennaro ou Unser Boß ist eine
Dame (Golpe de Mestre à Italiana)
1967: Il Tigre ou The Tiger and the Pussycat (O Tigre)
1968: Straziami, ma di baci saziami ou Fais-moi
mal mais couvre-moi de baisers ou Kill Me with Kisses ou Torture
Me But Kill Me with Kisses (Noivado à Italiana)
1968: Il Profeta (O Profeta)
1969: Vedo Nudo (Vejo Tudo Nu)
1969: Il Giovane normale
1971: La Moglie del Prete ou La Femme du
prêtre ou The Priest's Wife (A
Mulher do Padre)
1971: Noi donne siamo fatte così (Nós, as Mulheres somos Assim)
1971: In Nome del Popolo Italiano ou In the Name of
the Italian People (Em Nome do Povo Italiano)
1973: Mordi e Fuggi ou Dirty Weekend ou Rapt à l'italienne (Fim de Semana Ilegítimo)
1973: Sessomatto (Sexo Louco)
1974: Profumo di Donna ou Scent of a
Woman ou Sweet Smell of Woman
ou That Female Scent (Perfume de
Mulher)
1976: Telefoni Bianchi
1977: Anima Persa ou Âmes Perdues ou Lost Soul ou The Forbidden Room (Almas Perdidas)
1977: La Stanza del vescovo ou La Chambre de
l'évèque ou The Bishop's Bedroom
ou The Bishop's Room (A Alcova
do Bispo)
1977: I Nuovi Mostri (Os Novos
Monstros)
Mario Monicelli
("Autostop" e "First Aid"), Dino Risi ("Con i saluti
degli amici", "Tantum ergo", "Pornodiva", "Mammina
mammona" e "Senza parole"), Ettore Scola ("L'uccellino
della Val Padana", "Il sospetto", "Hostaria",
"Come una regina", "Cittadino esemplare", "Sequestro
di persona cara" e "Elogio funebre")
1978: Primo Amore (Nostálgia do Amor)
1979: Caro Papà ou Cher papa ou Dear
Father ou Dear Papa (Caro Papá)
1980: Sono Fotogenico ou I'm Photogenic ou
Je suis photogénique
1980: Sunday Lovers ou Les Séducteurs ou I Seduttori della Domenica (Os
Conquistadores de Domingo)
Bryan Forbes ("An Englishman's Home"), Edouard
Molinaro ("The French Method"), Dino Risi ("Armando's
Notebook"), Gene Wilder ("Skippy")
1981: Fantasma d'Amore ou Fantôme d'Amour
(Fantasma de amor)
1982: Sesso e Volentieri (Loucas
Aventuras de Amor e exo)
1984: e la vita continua (TV)
1984: Le Bon roi Dagobert ou Dagobert
ou Good King Dagobert
1985: Scemo di guerra ou Le Fou de guerre
ou Madman at War
1987: Teresa
1987: Il Commissario Lo Gatto
1987: Carla. Quattre storie
di donne (TV)
1988: Il Vizio di vivere (TV)
1988: La Ciociara (TV)
1990: Vita coi figli (TV)
1990: Tolgo il disturbo
1992: Missione d'amore (mini-série de TV)
1996: Giovani e belli
1996: Esercizi di stile
Sergio Citti
("Anche i cani ci guardano"), Volfango De Biasi ("Senza
uscita"), Maurizio Dell'Orso ("La guerra tra noi"), Claudio
Fragasso ("Guardia e ladro"), Alex Infascelli ("Se le rose
pungeranno"), Francesco Laudadio ("Un addio nel West"), Luigi
Magni ("Era il maggio radioso"), Lorenzo Mieli ("L'alibi"),
Mario Monicelli ("Idillio edile"), Alessandro Piva ("Uno più
bravo di me"), Pino Quartullo ("In ginocchio da te La
vendetta"), Dino Risi ("Myriam"), Faliero Rosati
("L'esploratore"), Cinzia Th. Torrini (segmento "Ti mangerei di
baci")
2002: Le Ragazze di Miss Itália (TV)
COMO ASSISTENTES DE REALIZAÇÃO:
1941: Piccolo Mondo Antico, de Mario Soldati
1943: Giacomo l'Idealista, de Alberto Lattuada
COMO ARGUMENTISTA:
Muitos dos filmes realizados por Dino
Riso foram escritos por si. Aqui se registam os filmes que assinou como
argumentista em obras de outros realizadores:
1950: Canzoni per le Strade, de Mario Landi
1951: Totò e i Re di Roma, de Mario Monicelli, Steno
1951: Anna (Ana), de Alberto Lattuada
1953: Gli Eroi della Domenica, de Mario Camerini
1957: Montecarlo, de Samuel A. Taylor
1958: Anna di Brooklyn, de Vittorio De Sica, Carlo Lastricati
1992: Scent of a Woman (Perfume de Mulher), de Martin Brest
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